terça-feira, 8 de outubro de 2019

IaFeed: Descobertas de Setembro

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Setembro foi um mês complicado, entretanto, mesmo em momentos de dificuldade merecemos um pouco de descanso. Demoramos, porém estamos de volta com um novo design para as postagens, sem perder a essência brincalhona do Insira. Acompanhe as descobertas do mês!



Willian Ferreira Vieira - Gears 5

Não foi à toa que decidi escolher o Gears 5 como o meu jogo mais esperado do ano na lista do Insira. Com uma fadiga nos últimos jogos da franquia e uma certa “defasagem” na jogabilidade, o quinto jogo da franquia tinha que inovar e sair da sua zona de conforto.

A The Coalition cumpriu o que se esperava, não teve medo de trazer as mudanças necessárias para renovação da franquia. Mas isso não significa que a empresa abandonou o gameplay antigo de Gears of War, muito pelo contrário, jogar Gears 5 traz uma certa nostalgia de estar jogando os 3 primeiros jogos da franquia.

A história do jogo é desenvolvida em torno do arco de autoconhecimento da Kait, explorando a relação da personagem com seus colegas de esquadrão e com todo o mundo de Sera, que é muito explorado pelo jogo.

Gears 5 consegue apresentar todos os arcos presentes no planeta, não só devido a volta do swarm, mas também, a relação da CGO com os Outsiders e também com a UIR, o jogo não esconde o que é uma “crítica social foda” e isso é bastante visível pela forma em que todos as outras sociedades tratam os agentes da CGO.

Graficamente falando, os Gears sempre foram bonitos, mas Gears 5 apresenta um visual “diferente”, se os jogos na mão da Epic mostravam cidades destruídas e “feias”, agora jogamos em cidades lindas, em mapas extremamentes bem construídos e com beleza em cada canto. Como se por um momento Sera tivesse esquecido seus momentos de guerra.

Porém em Gears 5 o primor gráfico foi além, o jogo se porta como o que deve ser: o principal nome da Microsoft para essa geração visto que Halo Infinite será lançado principalmente para a próxima geração e o estúdio conseguiu trazer o primor técnico incrível para o jogo, um dos melhores da geração no console.

O jogo conseguiu resolver um dos principais problemas (ao menos para mim) da franquia:  as ações desenfreadas. Se antes os jogos botavam os jogadores em mapas minúsculos em que a ação e porrada acontece a todo momento, nesse novo jogo a Coalition fez questão de resolver isso, agora o jogador encontra capítulos da história que revezam entre ambientes fechados e “um mapa aberto”, que ajuda o jogador a digerir melhor os acontecimentos da história, além de dar um respiro a quem joga.

A desenvolvedora também trouxe pequenas mecânicas para incentivar a exploração, seja através das mecânicas de RPG, que dependem bastante da exploração do jogador, como colecionáveis (armas e miscelâneas da história). Porém sinto que foi perdida uma chance de fazer uma ligação maior entre jogador e mundo, faltou uma presença maior de vida no mapa aberto, uma interação maior entre jogador e a sociedade, principalmente uma presença maior de outsiders.

The Coalition entregou já tinha avisado, após Gears of War 4, que pretendia realizar mudanças significativas para os novos jogos da franquia, e Gears 5 foi isso, uma amostra de que o estúdio achou seu caminho e que o futuro da franquia está sendo muito bem construído.

*Esta análise não considera o modo multiplayer, pois quando escrita, o modo estava injogável.

Disponível: Xbox One, Microsoft Windows e Steam.



Unsung Warriors (Prologue) - Zé Maia

Na Europa, o povo bárbaro também era chamado, por alguns, de povo gótico, e é daí que vem a famosa arquitetura gótica. Essa maneira de construção inspirou séculos depois livros de horror, como as obras de Allan Poe, que na cultura pop motivou a organização do movimento gótico, aquele que todos conhecemos. No game Unsung Warriors, podemos ver uma mescla dessa linha do tempo, já que a história se passa na idade antiga (300 a.C.), com dois guerreiros nórdicos, onde um deles até se parece com um gótico, e agora estou falando do gótico moderno mesmo.

A história é bem clichezona: trata-se de dois guerreiros desconhecidos (afinal esse é o nome do jogo) que vão atrás de um tesouro, também desconhecido. No caminho eles encontram desafios e vilões que querem, por algum motivo, impedir nossos heróis de chegarem no objetivo.

Toda essa aventura é contada em uma plataforma 2D, com personagens de estatura semelhante aos de Broforce. Falando em Broforce, outro aspecto interessante de Unsung Warriors é a possibilidade de jogar no modo co-op local. Nesse modo, você pode controlar uma versão 8bit do Baldur do God of War, e o seu companheiro: um guerreiro legitimamente gótico.

No desenvolvimento da trama você conta com uma arma principal, um escudo, e uma arma secundária, que pode ser uma magia. E para comprar ou trocar equipamentos é necessário negociar com um comerciante que aparece no caminho do jogo. Entre os itens disponíveis é lógico que não poderia faltar a arma mais forte de todos os games: a frigideira. A escolha das armas é sua, e elas podem ser gerenciadas em um inventário.

Vale a pena dar uma olhada, jogar e esperar. Digo esperar, porque no momento só está disponível o prólogo. O game, produzido por holandeses, ainda está em desenvolvimento. Ele é gratuito e pode ser baixado pela Steam.

Disponível: Microsoft Windows, Linux, macOS


Blair Witch - Iraci Falavina

Dos criadores do incrível Layers of Fear: um garoto desaparecido numa floresta rodeada de rumores e lendas que indicam só ter coisa ruim. Por que não fazer uma visitinha? Ao menos não seja tão descuidado, leve seu fiel cachorro junto.

Blair Witch tem seu enredo inspirado no filme de mesmo nome...isso mesmo, Blair Witch (A Bruxa de Blair). No primeiro filme, um grupo de estudantes entra na floresta com uma câmera na mão e uma ideia de jerico na cabeça. Esse mesmo local, a Floresta Black Hills, é onde a história do jogo se desenrola, em que você, Ellis, um ex-policial seu maldito, de onde tirou essa ideia? resolve ir ajudar nas buscas policiais por Peter Shannon. Para te ajudar, você leva seu pastor alemão, Bullet, que se mostra fundamental para encontrar objetos, seres obscuros que querem te matar, além de ser aquilo que mantém sua abalável sanidade mental. Sério. Não se afaste muito tempo dele.

Ellis vai adentrando cada vez mais na floresta e avançando na busca; isso contribui para que cada vez mais coisas bizarras apareçam. Sua ex-esposa te liga algumas vezes e manda mensagens, que ocasionalmente são adulteradas para brincar com a sua mente. Além disso, as mecânicas de interação com o cachorro são um extra bem bacana, é possível acariciá-lo e pedir para que ele procure objetos, siga cheiros ou que fique ao seu lado. Ele sente medo dos símbolos que você encontra pelo caminho (que são os colecionáveis do jogo), e é necessário destruí-los para passar tranquilamente.

A atmosfera do game é bem construída: o tempo todo tem-se a expectativa de que vai aparecer algo do meio da floresta, graças à música tensa e ao ritmo da história. Durante as aproximadas 4 horas, só teve uma jumpscare, o que pra mim é um ponto positivo, já que o clima de tensão foi muito bem instaurado sem precisar disso. Desconfio um pouco de jogos de terror que só se apoiam em jumpscares cof cof Five Nights at Freddy’s. O jogo possui alguns puzzles, nada muito difícil de resolver, apenas uma oportunidade a mais pros demonho aparecerem.

O jogo possui quatro finais (sem spoiler aqui), que dependem de algumas das suas ações. Confesso que me senti um tanto insatisfeita com o que peguei, e acompanhando os outros possíveis, algumas perguntas restaram na minha cabeça. Porém, c’est la vie, nem sempre podemos ter tudo.

Deixo apenas uma observação aqui: a animação do Bullet girando para apontar pro espírito me fez rir.

Disponível: Xbox One, Microsoft Windows, SteamOS
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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