sábado, 23 de maio de 2015

IaFeed: os jogos que todo mundo odeia mas a gente ama

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Luiz Fernando Menezes: The King of Fighters: Maximum Impact Regulation A

Vamos somar comigo: uma versão em 3D de um jogo de luta clássico em 2D, uma edição alternativa que já possui todos os personagens e fases abertos, lutadores desequilibrados, fan-service até com a Yuri e um chefão esteticamente escroto e fisicamente apelão. Ah, e subtrai o Benimaru e a King, dois dos melhores personagens da franquia. Resultado: uns dos piores KOFs produzidos, segundo a crítica (e o melhor KOF, até hoje, segundo esse que vos fala).

Eu realmente não sei porque, mas é o game que eu mais joguei na vida. Contava os dias para chegar no sábado, convidar meu colega também viciado, e jogar cinco, seis horas seguidas escolhendo personagens no Random - quando saía o Maxima, meu amigo… ele tava lascado. Era simplesmente demais. Pra mim, o melhor gameplay de luta que já existiu, pois é o único game da melhor franquia de luta com “matrix”, uma esquiva que, se bem colocada, conseguia desviar até de ataques especiais físicos. É por causa dessa merda de jogo que até hoje não vendi ou doei meu Playstation 2.



Victor Lacombe: CivCity: Rome

Eu amava esse jogo. Foi o primeiro city-builder que eu joguei, e na época nem fazia ideia que era um clone meio zuado de Caesar, mas até hoje não me importo. Não me importo com o sistema de tecnologia confuso, o minimapa que não esclarece nada, ou o fato de que você podia ter meio milhão de coletores de lixo que sua cidade continuava suja. Eu me apaixonei por esse jogo, e gastei mais horas nele do que deveria. Gostava em especial de ouvir o meu conselheiro (que era um romano com um sotaque inexplicavelmente britânico que me chamava de ‘governah’ direto) me dizer coisas como “sua felicidade está subindo!” ou “seus cidadões tem muita fé em Júpiter!”. Isso até as ruas se encherem de lixo de novo e toda essa felicidade ir pro saco.



Vinícius Bressan: 50 Cent: Bulletproof

Quando parei pra pensar em algum jogo detestado que eu gostasse me dei conta de que não lembrava de nenhum. Imagine a minha surpresa quando resolvi pesquisar sobre meus antigos jogos de Playstation 2 e descobri que meu querido 50 cent Bulletproof era considerado uma grandissíssima porcaria! Não que possamos falar de um jogo realmente odiado, afinal a estreia nos jogos de um dos rappers mais controversos da década passada vendeu mais de 2 milhões de cópias entre o PS2 e o XBox. Parece que colocar alguém como o 50 Cent em seu jogo tem suas vantagens. As mecânicas falhas do jogo foram alvo de críticas severas, a câmera que não dá campo de visão, a mira manual e imprecisa (cara, eu adorava aquela mira manual, como assim?!). Ainda assim o enredo não era ruim, e eu AMAVA o fato de você jogar com três caras te ajudando: a IA era meio estúpida, mas dava uma sensação incrível de broderagem. Isso aliado aos movimentos super violentos de execução corpo a corpo e o lance de você ter de selecionar com cuidado as armas que ia carregar porque elas podiam não caber nos seus coldres me conquistaram de maneira absoluta.



Mateus Mognon: Yu-Gi-Oh! GX: The Beginning of Destiny

Fiquei dias me perguntando qual games eu jogava e as pessoas odiavam e não consegui encontrar nenhum. Adotei a tática de pesquisar meus antigos jogos em sites como IGN e Metatric para ver a nota deles. Comecei pelo game que mais tomou horas da minha vida: 'Yu-Gi-Oh! GX The Beginning of Destiny'. "É um game medíocre", segundo eles.

Caramba, esse game é ruim, críticos? ESSE GAME É RUIM?? Com todo o respeito, "vão se foderem". Como eterno fã desse game mítico do PS2, vou contar um pouco sobre essa maravilha dos duelos e porque eu o amo tanto (tanto quanto Kingdom Hearts, outro mito dos games).

Em Yu-Gi-Oh! GX The Beginning of Destiny, você é um novo aluno da Academia de Duelos e deve passar um ano estudando na melhor escola de monstros de duelo da Terra e enfrentar todos os desafios da vida acadêmica ao lado de seus novos amigos, como Jaden Yuki, Syrus e Zane Truesdale e Alexys Rhodes .


O jogo tinha TODOS os personagens do desenho animado, que passava na TV Globinho, e seguia a mesma história do anime, só que, diferente dos títulos anteriores, você podia interagir com ela!!! Os duelistas são divididos em classes (Slifer Vermelhos, Rá Amarelo e Obelisco Azul), os professores aplicavam provas, dá pra comprar presentes para os amigos e todas as cartas das temporadas podiam ser compradas!!!!! Passei madrugadas, dias e noites duelando, derrotando inimigos, descobrindo novas estratégias e montando decks específicos para cada situação.

A crítica considerou o jogo ruim por ser repetitivo, já que para liberar todos os pacotes de cartas é necessário terminar o game com os sete personagens principais do anime, 14 personagens secundários e, pelo menos, um terciário. Eu achava desafiador e trabalhei por muito tempo, junto com meu irmão, para conseguir terminar o game integralmente. Infelizmente eu cresci e tive que abandonar o projeto.

Outro ponto foi a a adoção das regras do jogo de monstros de duelo. Diferente do incrível 'Yu-gi-oh: Forbidden Memories', você tinha que conhecer um pouco das táticas do jogo de cartas, ou simplesmente assistir e ler os tutoriais, o que os críticos provavelmente não fizeram.

A ausência de Yugi e personagens clássicos da primeira temporada também machucou alguns jogadores, mas eu não senti falta deles por nenhum momento, já que eles não se encaixariam na história.

'Yu-Gi-Oh! GX The Beginning of Destiny' me marcou muito, já que parei de acompanhar a série de cartas no final do GX. Para mim, tudo o que vem depois é fanservice ou não faz sentido (eles duelam em cima de motos, pra que isso?). Graças a esse jogo eu também me tornei especialista em monstros de duelo (colocarei no meu currículo) e mesmo a crítica o considerando como um dos piores games que leva o nome da franquia, eu vou amá-lo para sempre.

Enfim, nem sempre acredite na crítica, mas sempre acredite no coração das cartas.



João Vítor Roberge: Harry Potter and the Half-Blood Prince

Demorou pra eu encontrar um jogo do qual ninguém gostasse, acho que todos os jogos que eu curto tem uma recepção bem positiva, até que eu lembrei de Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Comprei pro meu PS2, já que na época eu havia tido uma puta experiência com a Ordem da Fênix. E dessa vez, foi ainda melhor.

Os feitiços são feitos através de movimentos diferentes no analógico direito. O sistema de batalhas é bem legal. As poções, caralho, as poções. Tem que seguir a receita certinha, ferver o ingrediente x, adicionar três ingredientes y. Dá de tomar Felix Felicis, tem um modo de Quadribol bem mais ou menos e umas quests bem legaizinhas. O modo história é ridiculamente fácil de zerar, mas a experiência de viajar por Hogwarts e explorar tanta coisa foi algo que me marcou muito, foi um dos poucos jogos que tentei chegar ao 100%. Os gráficos são meio toscos, e as dublagens não são dos atores originais, embora muito parecidas. Mas se eu curti a Pedra Filosofal pra PSX, isso aqui é um paraíso.
MENÇÃO HONROSA: RUNESCAPE

[Tiago Ghizoni]
Observação sobre a menção honrosa do Roberge: ♥♥♥♥♥



Tiago Ghizoni: The Crims

Como não gostar de um jogo que tem como menu principal as opções: Porrada, Roubar, Sabotagem, Putas, Negociante de Armas, Tráfico de Drogas, Fábricas, Vida Noturna, Negócios, Hospital, Prisão, Banco, Cassino, Beco e Mercado Negro? Eu simplesmente amava jogar The Crims. Comecei na internet discada esperando dar meia noite para pagar o pulso mais barato nos dias de semana, sábados à partir das 14h e todo o domingo. No começo eu me sentia meio mal acessando a sessão Putas enquanto minha família estava por perto, mas logo o vício tomou conta e eles não eram mais um empecilho. Hoje em dia os visito regularmente, até porque alguém precisa manter os túmulos limpos e com flores frescas para evitar qualquer desavença que tenha sobrado devido minha condicional. Mas tudo bem, já fui bem respeitado nesse jogo, até que a rodada acabou e percebi que tudo aquilo era perda de tempo… Até começar a rodada seguinte. Sempre fui julgado por jogar isso e nunca conheci alguém pessoalmente que jogara também. Espero que exista um The Crims Anônimos. Caso alguém se identifique, vem cá. Me abraça… SINTA-SE ABRAÇADO



Tadeu Mattos: Army Men Sarge’s Heroes (demo do Air Attack incluído)

Você não sabe o espanto que tive quando descobri que a internet odiava esse jogo. Gamespot deu cinco... CINCO! Minha infância foi cinco? Meu primeiro shooter de verdade é considerado medíocre por esse sites que continuam a dar oito e nove pra COD? Cthulhu me ajude, quase quebrei a tela do meu computador quando vi a nota (╯‵Д′)╯彡┻━┻ . Esse jogo tem tudo que você pode querer de um game sobre guerra com bonequinhos de plástico. Um excelente exemplo de violência inocente com uma jogabilidade variada. Em uma fase, o jogador é um soldado recruta procurando minas pelo acampamento ouvindo o ‘’beep, beep’’ de seu detector, torcendo para não explodir e o jogo crashar. No outro, estamos no meio de uma guerra entre tanques verdes e amarelos sem textura (não vou nem falar das fases com os helicópteros do demo de Air Attack). Sim, os comandos são datados, mas o que esperar de um shooter com o controle descascado e sujo de Doritos do PS1? Pode ser nostalgia, porém não estou maluco ou bêbado quando recomendo esse clássico. Pegue o emulador de Playstation e vá aproveitar, só se certifique de que não esteja baixando o Baidu junto.


Felipe Buzzi: Assassins Creed Unity

O jogo mais “amado” pela crítica de 2014. Eu sei, a saga Assassins Creed decaiu, o enredo é fraco e os personagens não me envolvem mais desde o Revelations. Pra defender a série mais famosa da Ubisoft sempre uso uma frase bem clichê: “Assassins Creed, ame-o ou deixe-o”. (achei em algum comentário em sites de noticias, genial não? Não).

Comprei um Xbox 360 em 2010, meu primeiro jogo foi Assassins Creed e Assassins Creed II, o Brotherhood ainda era esperado. Poucas horas foram o suficiente para que eu pudesse me encantar com essa série da Ubisoft, e a partir de então joguei todos. Veio o Brotherhood com o seu multiplayer fraco, veio o Revelations que não trouxe mudanças, veio o III que ainda não me animou e o Black Flag que foi rápido e me deixou com “quero mais”.

Finalmente o Unity entra nessa história. Um jogo com bugs, um jogo incompleto e um jogo feito de clichês. Qualidade gráfica dez e enredo três. Mas por algum motivo, passar horas imersas em uma Paris revolucionária, completar missões cooperativas e sincronizar fatos da revolução francesa, trouxe uma empolgação divertida à série. Para quem é fanático por história e gosta de gráficos lindos e bugados, Unity é sim um jogo para amar.



Neri Neto: Beyblade: Let it rip!

A IGN avaliou o jogo como INSUPORTÁVEL! Ora, esse jogo é do baralho! Pra quem não assistia ao anime pode ser realmente sem sentido, mas se você já sonhou em ter sua beyblade, sabe do que eu tô falando. Assim que terminava um episódio da série, ligava o PS1 enfurecidamente e jogava até meus olhos explodirem de alegria e prazer.



No game você começa com as piores peças e, a medida que vence os desafios, vai melhorando elas. É realmente difícil controlar a beyblade, mas aprender a domar a fera bit faz parte da graça que o jogo proporciona. As partidas são incansáveis, as partidas duram o suficiente para se tornar inesquecídeis. Cada blader desafiado mantém as características do desenho. Ao lutar contra o Max, o da beyblade verde no desenho, você percebe que os atributos de defesa dele são iguais no jogo!

É claro que a nostalgia é over 9000, esse jogo fez parte da minha infância e estará guardado no meu coração com muito carinho e amor. Você, jovem que nasceu com um PS2 em baixo do braço ou com um fucking PS3, pode não dar a mínima para um jogo com gráficos bastante obsoletos hoje. Mas se você curte o anime, tem experimentar, ainda hoje eu curto jogar. Beijo para os haters.
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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