sábado, 31 de outubro de 2015

IaFeed: Jogos de terror para quem tem medo de jogos de terror

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Felipe Buzzi — Saga Resident Evil
Vou confessar que não foi muito difícil nem demorado chegar nessa conclusão. Resident Evil era um game de terror de causar meses sem dormir direito quando vocês tinham entre 5 a 10 anos. Quem nunca teve a experiência de sonhar longos pesadelos com o Nêmesis te perseguindo com uma bazuca gigante? Pois é, eu já tive e para uma criança era horrível.

O que eu não entendia direito era como que meu primo, que na época tinha uns 15 anos, tratava aquilo como se fosse um jogo da Barbie — ainda por cima rindo da minha cara. Foi necessária a passagem de alguns Halloweens e gerações de vídeo-games pra eu poder finalmente entender isso. A resposta é simples, Resident Evil nunca passou de um game que misturou a solidão de um survival horror com a ação de um filme clássico de zumbi (*cof* Madrugada dos Mortos *cof*).

É claro que você vai levar jumpscares, ficar com medinho e querer bater na porta de seus pais depois da meia noite, mas é difícil — muito difícil — achar um jogo de terror para quem tem medo. Depois de algumas semanas com zumbis lentos e pouca munição você vai estar anestesiado e querendo jogar Dead Space.


Vinícius Bressan — Castlevania: Symphony of The Night
Dois bom motivos para estar nessa lista:

1- Não dá medo nenhum (o jogo é de plataforma em 2D e você é o Alucard, vai ter medo de que?).

2- Possivelmente o melhor jogo do Playstation original.

A maior frustração que tive em relação a videogames foi a de não ter um Playstation. A galera no Tekken 3 e no Metal Slug X e eu penando pra instalar alguma coisa no meu PC. Em uma visita a casa de um amigo descobri SotN, e que inveja daquele filho da mãe, foi um jogo que eu joguei pouco e que mesmo assim já conseguiu me marcar. Jogar esse Castlevania era levar a jogabilidade de plataforma para um nível completamente novo. Sem contar que a ambientação do jogo em termos de cenários e trilha sonora cria um clima meio “Drácula do Bram Stoker” que é massa pra caramba.



Luiz Fernando Menezes — Pathologic (Classic HD)
Resumindo a epopeia: um jogo de terror psicológico sem jump scares e sem coisas horrendas te perseguindo. O terror realmente fica todo para a sua cabeça: você está sozinho em uma cidade hostil e tem que correr contra o tempo. Você tem 12 dias para realizar as quests, melhorar sua reputação (ou piorá-la) e ficar puto com as suas escolhas.

Trata-se de um clássico de 2005 que ninguém conhece e que foi relançado pela linda Devolver Digital. Vale a pena não só pra quem tem medo de jogos de terror, mas também para os gamers que curtem uma dificuldade a mais e para aqueles que sentem falta da jogabilidade “dia/tarde/noite” de The Legend of Zelda: Majora’s Mask.

PS: comecei a jogar agora, então me desculpem pela falta de informações e detalhes. Mas, para eu recomendar um jogo assim do nada, é porque realmente vale a pena.

Menções Honrosas:
• Alan Wake
• F.3.A.R.



João Bosco Cyrino — The Call of Cthulhu: The Dark Corners of the Earth
Pode soar um pouco estranho um jogo cuja primeira cena mostra o protagonista trancafiado em um hospício cometendo suicídio estar nessa lista. Porém, The Call of Cthulhu: The Dark Corners of the Earth é uma jóia rara que nunca foi totalmente polida. O jogo é baseado nos contos de horror do escritor americano H. P. Lovecraft e, sendo direto, transcreve a essência da literatura como poucos jogos conseguem. O jogo soa Lovecraft, tem cheiro de terror e, acima de tudo, faz o jogador sentir sua fraqueza e pequenez como ser humano. Exatamente como as obras do autor.

Este jogo é recomendado para qualquer um que gosta de literatura de suspense e narrativa de forma geral. E o melhor (ou pior) de tudo é que após um certo o medo e o pânico dos jogos de terror desaparecem e são substituídos pela curiosidade e pavor de saber o quê vai acontecer em um enredo recheado de mistérios que vão além da mente humana.

Apesar de já ter sido lançado há nove e apresentar falhas no gameplay e bugs que nunca…. Aaargh, quer saber de uma coisa? Produção, se prepara que esse jogo merece uma análise!

… Quanto a você, estimado leitor, jogue.

Menções honrosas para um eventual leitor mais hardcore:
• Fatal Frame 1, 2 e 3



Mateus Mognon - Until Dawn (principalmente o começo)
Não sou muito chegado em jogos de terror e sou um medroso confesso, mas um dos únicos títulos que joguei e adorei foi Until Dawn. O jogo vai fazer você pular do sofá milhares de vezes, mas nos primeiros capítulos da história, o game é simplesmente perfeito para quem é cagão.

Com uma temática de filme de horror adolescente pastelão, com sexo, um lugar isolado e música pop, os primeiros capítulos são cheios de sustinhos sem noção (tipo isso), graças a ambientação sensacional do game.

Until Dawn também vai ajudar a você evoluir no mundo do terror, já que aborda desde psicopatas até criaturas sobrenaturais. Além disso, os sustinhos do começo preparam teu psicológico para o que vem depois (não vou dar spoiler, mas vale muito a pena jogar, sério). Até chegar no final da história, o jogador tomou tanto cagaço que já está acostumado com qualquer tipo de medo e está proto para a vida.



Tadeu Mattos - Bioshock 1
Agora você deve estar pensando: “ei, Bioshock não é um jogo de terror!

É exatamente por isso que eu coloquei nesta lista. O terror em Bioshock é algo lateral, não é o foco da aventura, ele vem dos ambientes que você atravessa durante sua visita à Rapture. O game criar uma tensão no jogador com seus sons ambientais raros, porem perturbadores ,como as risadas das Little Sisters ou o som dos passos de Big Daddy, isso só se intensifica com a trilha sonora do jogo que ,quase sempre,— com exceção das cutscenes— é ausente, criando ainda mais o sentimento de solidão no jogador. Jumpscares são raros e aparecem pelo descuido de quem está jogando já que os Splicers possuem movimentos imprevisíveis e podem acabar fugindo do seu campo de visão limitado, aumentando o desespero de quem está jogando.

Bioshock é um jogo para importantíssimo se você quer começar a jogar jogos de horror mas acha que tem medinho. O game te prepara de uma forma orgânica e divertida para lidar com tensão, solidão e jumpscares , aspectos de terror que você irá ver de uma forma muito mais radical nos Silent Hill, Fatal Frame e Amnesia da vida
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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