quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Saudades, Fliperama

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Seguindo a temática do piloto de nosso programa de rádio, resolvemos fazer a primeira análise da categoria Nostálgicas (que como você deve imaginar vai analisar uns jogos que já estão na sessãozinha de catálogos da locadora... não, pera...) sobre esse jogo para Windows e Mac, anterior ao rótulo de jogos indie, e que você provavelmente conhece caso tenha pelo menos uns 17 anos, afinal uma parte do game foi incorporada pela Microsoft ao sistema Windows, da versão 98 à XP. Nós aqui do Insira a Ficha chegamos ao consenso de que poderíamos considera-lo independente, já que foi desenvolvido por um estúdio independente que contava com nada mais do que 3 caras.

A ideia do jogo é bem simples, reproduzir virtualmente a partida de um pinball real. Sendo assim os comandos são os mesmos que você encontraria numa máquina de verdade, dois botões para bater com as rebatedoras na bolinha, um para lança-la no começo da rodada e o famigerado botão do TILT, provavelmente o mais inútil que já vi na vida. O negócio é o seguinte, quem já frequentou fliperamas provavelmente sabe do que eu tô falando, afinal não é fácil resistir à tentação de tentar inclinar a máquina pra evitar que a bolinha caia no buraco. Pra impedir essas trapaças, as máquinas possuíam um sistema com um sensor de movimento que travava o jogo quando a máquina mudava de posição. Acontece que na busca por tornar tudo o mais parecido possível com jogar em um fliperama de verdade, resolveram colocar um botão que fazia a tela simular uma chacoalhada e travava todos os controles.





O visual do game é bem legal, as mesas realmente lembram bastante as que você ainda encontra em alguns parques por aí. Felizmente a simplicidade do game ajuda também com essa parte, já que sem uma engine com mecânicas trabalhosas o design não exige muito. O problema é a parte que contém texto do lado direito, as escolhas de cores e fontes foram muito ruins, a legibilidade do texto é bem baixa e levando em consideração que as informações que aparecem ali durante o jogo devem ser lidas rapidamente pra não tirar os olhos por muito tempo da bolinha isso atrapalha muito. Quanto ao som... bom, não rola música nem nada, é só o som de uma máquina de pinball, e sinceramente isso era tudo que eu poderia querer de um jogo como esse, ficar ouvindo aqueles barulhos nostálgicos que te fazem lembrar da época de moleque comprando ficha pra jogar.

Bom, agora se você nunca jogou, ou mais provavelmente, ficou com vontade de matar as saudades, tenho uma boa e uma má notícia. 19 anos após seu lançamento Full Tilt! Pinball acabou sofrendo o aparentemente inevitável destino da maioria dos jogos eletrônicos, tornar-se um abandonware. O estúdio que a produziu, atualmente faz parte da Eletronic Arts, que nunca deu atenção ao software, o que significa que não existe uma forma legal de conseguir o jogo (a não ser comprar o cd usado de outra pessoa, ou algo do tipo). Por outro lado isso também significa que não existem mais políticas de proteção ao jogo, e por conta disso é muito fácil encontrar versões para download na internet que não precisam de “crackeamento” nem nada.

No fim das contas posso dizer que recomendo muito o jogo, seja para um nostálgico dos fliperamas ou alguém que nunca chegou a conhecê-los. Tantos anos depois ele continua sendo um dos melhores jogos para passar o tempo que já conheci. O tipo de coisa que você gostaria de ter instalada no computador quando tiver uns 20 minutinhos esperando sem nada pra fazer. E o melhor (ou não) sem ter que ficar se preocupando com não ter dinheiro pra comprar mais ficha.
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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