domingo, 21 de abril de 2019

IaFeed: Descobertas de Março / 2019

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Ok, sabemos que demorou mais que devia, mas as descobertas de fevereiro março estão aqui!!


Iraci Falavina - Rakuen

Eu não acho justo falar desse jogo sem dizer o motivo de ter escolhido jogá-lo. A Freebird Games é a responsável por To The Moon, A Bird Story e Finding Paradise, jogos que moram no meu coração. A trilha sonora deles conta com a participação de Laura Shigihara, uma cantora com uma voz...inenarrável.

Bom, foi assim que eu conheci a Laura. Recentemente, eu estava procurando músicas dela e me deparei com um álbum chamado “Rakuen Soundtrack”. Descobri então que Rakuen era um jogo desenvolvido por Laura Shigihara e que também foi responsável pela animação e trilha sonora, para minha alegria. Eu simplesmente *tive* que jogar.

E ainda bem que tomei essa escolha.

Bom, Rakuen foi feito no RPG Maker, então aquela coisa, é baseado em sprites e caixas de texto, bem simples. Além disso, é um jogo de exploração com elementos de aventura e um leve, leve terror em alguns momentos. A história começa com um garotinho que vive num hospital, é visitado por sua mãe sempre, e certo dia, perde seu livro de histórias. Ele descobre que outros itens foram roubados do hospital, e graças a essa investigação, passa a conhecer melhor seus “vizinhos”.

O livro de histórias que foi roubado do garoto se chama Rakuen, e foi um presente de sua mãe. A tradução do título significa “paraíso”, e a narração de suas páginas se volta a um local mágico protegido pelo Guardião da Floresta, Morizora. O Guardião concede um desejo àqueles que provam seu valor após alguns desafios. Mãe e filho encontram um portal para a Floresta de Morizora e enfrentam o necessário para conseguir o desejo.

ÓBVIO que eu não vou contar a história toda, mas o enredo traz, aos poucos, questões como preconceito entre diferentes nacionalidades, abandono de animais, bullying e relações familiares. Pois é.

Não preciso elogiar a trilha sonora porque eu já conhecia as habilidades da Laura nesse quesito. Minha descoberta foi sua habilidade no roteiro e desenvolvimento do jogo.

Disponível: Microsoft Windows e Linux.


Luiz Fernando Schmidt - Dungeon Rushers

Tentando saciar minha vontade de jogar um bom dungeon crawler encontrei Dungeon Rushers. Game produzido pela Goblinz Studio, desenvolvedora situada na França e fundada por Johann Verbroucht. Dungeon Rushers foi publicado em 2016 na Steam e iOS e chegou ao PS4, Switch e Xbox One na metade de 2018.

O jogo é um RPG dungeon crawler, nele você explora dungeons buscando ítens, adquirindo experiência, melhorando habilidades, construindo equipamentos. Grinding é comum no game e você precisará revisitar dungeons, encontrando poções e materiais para equipamentos melhores. O gameplay acontece com ponto de vista superior na exploração e câmera lateral no combate.

A cada movimento do personagem uma nova parte da dungeon é descoberta. Como é típico do gênero, você nunca sabe o que encontrará, se escolher ir para a direita pode encontrar tesouros, armadilhas ou monstros e o layout da dungeon muda a cada visita. O jogo conta com 10 personagens, todos com habilidades de exploração únicas. As batalhas são de turno e você deve escolher entre 3 ataques disponíveis para derrotar os inimigos.

O enredo é simples: O personagem principal é Elain, um faxineiro que insatisfeito com seu trabalho resolve tentar a sorte nas dungeons para ficar rico. No caminho, Elain conhece personagens que fazem piadas com os clichês do gênero RPG. O enredo quase inexistente é sustentado, exclusivamente, pelas piadas e diálogos entre os personagens, sendo o ponto alto do game. Logo no início, você enfrenta 2 esqueletos querendo descansar e aproveitar a vida morte em paz.

Os gráficos são todos em 2D com animações simples e pouco inspiradas; há pouca variedade de cenários e monstros. Por diversas horas você enfrentará os mesmos esqueletos, goblins, necromancers em cavernas, desertos, florestas, castelos. Infelizmente a trilha sonora fraca não auxilia na imersão, tornando-se ponto fraco do game. O combate fica repetitivo em poucas horas: o mesmo golpe do início também é utilizado no final do game. 

A baixa variedade de cenários, inimigos, aliada ao excessivo grinding, tornam o jogo repetitivo e desinteressante, o que estraga um pouco a diversão. Ao final da minha jogatina, continuo querendo um bom dungeon crawler para jogar.

Disponível: PC, iOS, PS4, Xbox One, Nintendo Switch.


Willian Ferreira - 60 Seconds!

Nesse jogo o jogador assume a identidade do Ted, vivendo com sua amada família e tendo uma vida muito boa. Claro, tirando o fato de ter um ataque nuclear chegando na sua cidade e ele ter apenas 60 segundos para conseguir abrigar sua família e estocar o maior número possível de suprimentos.

Após Ted e sua família ou os membros que o jogador conseguiu salvar estarem “seguros”, que começa a verdadeira gameplay do jogo. A gameplay se transforma de 3D, onde o jogador movimenta e utiliza o personagem Ted, para 2D, onde o jogo passa a ser guiado com escolhas, realizadas através do diário do personagem.


É no diário onde o jogador aprende mais sobre a história da família e dos acontecimentos no bunker e no mundo apocalíptico que vivem. Através do diário que é realizado os acontecimentos do jogo, nele o jogador escolhe qual membro da família irá fazer as expedições para buscar suprimentos e é onde o jogador resolve os problemas “da casa”.

Nesse cenário o jogador se encontra responsável pela sobrevivência dos personagens, através das escolhas para ações casuais, como o racionamento dos alimentos, que afeta a saúde mental e física dos personagens, como deixar para alimentar poucos determinados membros da família, eles acabam abandonando o bunker ou mesmo acabam morrendo por falta de comida.

O jogo não traz gráficos incríveis, são simples, mas efetivos, mas a arte gráfica do jogo é boa, é através dela que ficam perceptíveis as doenças e a sanidade dos personagens, e também o estado do abrigo e das ferramentas e armas da família.

Toda escolha afeta o final do jogo, que são vários diferentes, porém, o jogo se mantém repetitivo, afinal, sobreviver é difícil e como o jogador acaba recomeçando diversas vezes o jogo, ele se torna extremamente repetitivo, mesmo assim é possível se divertir jogando, o humor presente no jogo é bom e os acontecimentos aleatórios da partida quase sempre vão fazer o jogador rir. 

60 Seconds! é um bom jogo para passar o tempo e fazer jogatinas curtas, mesmo com os problemas de repetição e os bugs, o jogo é divertido e bom de se jogar.

Disponível: Android, iOS, Microsoft Windows, Nintendo Switch, MacOS, Mac OS Classic.
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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